Doenças Neurodegenerativas em animais – Fev 2024.
Você sabia que assim como os humanos, os animais também podem apresentar doenças neurodegenerativas?
Com os avanços da medicina veterinária, melhorias na nutrição e maior cuidado dos tutores com seus animais, a expectativa de vida dos cães está aumentando significativamente. No entanto, esse aumento na longevidade vem acompanhado pelo surgimento mais frequente de doenças relacionadas ao envelhecimento, sendo uma delas a Síndrome da Disfunção Cognitiva Canina (SDDC). A doença acomete animais idosos a partir dos 7 anos de idade, em cerca de 15 a 34% dos animais.
Fique atento a sinais como descoordenação, dificuldades motoras e mudanças de comportamento, indicativos de possíveis problemas neurológicos. Os animais afetados podem apresentar déficits de aprendizado e memória, perda de consciência espacial, interações sociais alteradas e interrupção do sono. Essas condições estão relacionadas a problemas no sistema nervoso dos animais e podem impactar na qualidade de vida dos nossos amigos.
A identificação de doenças degenerativas de forma precoce é essencial. A consulta regular a um médico veterinário poderá auxiliar na descoberta das doenças, com a realização de exames apropriados para que se tenha um diagnóstico mais preciso. O diagnóstico pode ser desafiador e complexo, dependendo de vários fatores, principalmente, a exclusão de outras suspeitas clínicas comuns em animais idosos.
Estudos mostram que cada ano extra de vida dos cães pode aumentar em 52% o risco relativo de desenvolver uma condição neurodegenerativa. Outro fato é que animais sedentários tem 6,47 vezes mais chances de desenvolver tais doenças em relação aos cães mais ativos.
É importante ressaltar que cada doença e cada animal tem suas próprias características e sintomas. Nem todos os cães acometidos pela síndrome irão desenvolver os mesmos níveis de disfunção cognitiva podendo variar de níveis mais leves até níveis mais graves. Caso suspeite de algum problema de saúde em seu animal de estimação, procure um médico veterinário para ter um plano de tratamento adequado.
Para o tratamento, indica-se estratégias de enriquecimento ambiental as quais desempenham um papel essencial, envolvendo a introdução de objetos que estimulem a cognição do cão. Além disso, ajustes na alimentação são recomendados, incluindo a adição de vitaminas C e E, bem como ácidos graxos, ômega-3 e ômega-6 na dieta. Neste sentido, a mudança alimentar se faz necessária para cães nestas condições, a fim de suprir as necessidades energéticas do organismo, principalmente do cérebro.
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Referências
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